Prefeitura de Paripueira faz bloqueio contra raiva após caso positivo em morcego
- Priscila Anacleto
A Secretaria de Saúde de Paripueira, por meio do setor de Epidemiologia, informa que foi confirmado um caso de raiva em um morcego encontrado morto em um condomínio do município.
O animal encontrado morto foi coletado pelos agentes de endemias e encaminhado ao LACEN onde foi testado.
A Secretaria Municipal de Saúde informa ainda que não há motivos para pânico, todos os protocolos recomendados estão sendo seguidos, criando um bloqueio contra a doença:
As equipes estão orientando a população, os moradores e animais - cães e gatos - residentes num raio de 2km do local estão sendo vacinados com a vacina antirrábica.
Os animais residentes nas regiões mais afastadas serão revacinados durante a campanha anual de vacinação, que deve ocorrer em setembro de 2022.
PREVENÇÃO E CUIDADOS
A Raiva é uma doença transmissível que pode atingir todos os mamíferos como cães, gatos, cavalos, bois, macacos, morcegos e também o homem, quando a saliva do animal infectado entra em contato com com a pele lesionada ou mucosa, através de mordidas, arranhões e lambeduras. O vírus da raiva ataca o Sistema Nervoso Central, levando à morte em pouco tempo de evolução da doença. Trata-se de uma doença gravíssima com letalidade de 99,9%.
Os sinais indicativos de que o animal possa estar infectado variam conforme a espécie. Os mais comuns são: Dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia de patas traseiras. Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”. Já os morcegos podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Em humanos, a raiva manifesta-se inicialmente com mal-estar, aumento de temperatura, falta de apetite, dor de cabeça, enjoos, dor de garganta, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Pode haver dor, queimação, formigamento e hipersensibilidade no local da mordedura. Conforme a infecção vai progredindo, podem ocorrer febre, delírios, espasmos musculares involuntários e/ou convulsões. Observa-se ainda sensibilidade a luzes e sons, medo de corrente de ar e de água, além de dificuldade para engolir.A raiva não tem cura estabelecida, sendo a única forma de prevenção por meio da vacinação.
Para evitar que o vírus penetre no organismo, a pessoa agredida deve tomar as seguintes medidas:
1 - Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
2 - Procurar uma Unidade de Saúde local para orientações e medidas profiláticas pós-exposição conforme cada caso;
3 - No caso de agressão por animais domésticos, não matar o animal e sim deixá-lo em observação por 10 dias, recebendo água e comida normalmente em local seguro; Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, comunicar o fato imediatamente ao Serviço de Saúde local.
A principal forma de prevenção da doença é a vacinação. Para cães e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos de animais domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal. Para os profissionais com risco de exposição ao vírus (trabalhadores e estudantes da medicina veterinária, trabalhadores de parques e reservas de animais, trabalhadores de laboratórios específicos, entre outros), o esquema de vacinação pré-exposição é indicado.